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quarta-feira, abril 29, 2009

ENTRE FERROS (O Martelo e a Pena)


Diante das faces da vida,
Eu sou como um forjador,
Que com fogo abrasador,
De um vulcão consumidor,
Vai moldando adaga viva!

Da bigorna desgastada,
Do ferro na cozedura,
Vou montando a urdidura;
Formando mil armaduras
E outras tantas espadas!

Com o martelo impiedoso,
Para o prazer do auriga,
Eu vou fabricando bigas
E a romana guadriga,
Do guerreiro belicoso!

Mas em meio a isso tudo,
Enquanto rebato e retorço,
No vigor do meu esforço,
Fazendo do ferro esboço,
Faço da arte, um escudo!

E enquanto com feroz gana,
Ladram cães adjacentes,
Seu ladrido maledicente,
Veloz passa, indiferente,
Da arte, soberba, a caravana!

- “Moldador, forjai meus ferros!”
Ordena a vida sem demora,
Levando a pena embora;
Enquanto a arte implora:
-“Forjador, cantai meus versos...!”

Max Costa
Imagens: (Forjador: rogersil.blogspot.com
Pena: compulsaoporescrever.zip.net )

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